Uma jovem de 21 anos foi presa em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, sob suspeita de envolvimento direto em um crime chocante que abalou a comunidade do bairro Agronomia, na zona leste da capital. A jovem é acusada de planejar o assassinato da própria mãe e do padrasto, além de ter executado a sangue frio o próprio irmão, de apenas 17 anos.
O crime ocorreu em abril deste ano e está relacionado a uma intensa disputa entre facções criminosas rivais envolvidas com o tráfico de drogas. Segundo a investigação conduzida pela Polícia Civil, a jovem mantinha um relacionamento com um integrante de uma facção com base em Viamão, enquanto sua mãe se relacionava com um homem ligado a um grupo rival. A rivalidade entre os grupos teria motivado o plano macabro.
Na noite do crime, dois homens armados invadiram a residência da família com o objetivo de eliminar a mãe da jovem e o companheiro dela. No entanto, ao não encontrá-los em casa, os criminosos se depararam apenas com o irmão da suspeita. O adolescente foi forçado a se ajoelhar e executado com dois tiros na cabeça. Em seguida, a residência foi incendiada na tentativa de eliminar provas. Imagens obtidas pela polícia mostram a jovem transportando combustível usado no incêndio.
Além da jovem, o pai dela — que não é o pai do adolescente morto — e o namorado da suspeita, preso anteriormente por outros crimes e apontado como o mandante do assassinato, também foram detidos durante a operação policial batizada de Frater Malus, expressão em latim que significa "irmão mau".
A mãe da vítima, que sobreviveu ao atentado por não estar em casa no momento da execução, confirmou à polícia que tinha conhecimento dos riscos e agora vive sob proteção em local não revelado. Segundo os investigadores, os conflitos familiares somados à guerra entre facções foram os principais motivadores da tragédia.
O caso segue em investigação, e a polícia trabalha para identificar outros possíveis envolvidos na execução do plano criminoso.

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