Quem é o carmelengo que comanda o Vaticano na ausência do papa?
Na eventual ausência, morte ou renúncia do papa Francisco, a liderança do Vaticano é assumida por uma figura muitas vezes desconhecida do grande público: o carmelengo. Esse cargo fundamental é atualmente ocupado pelo cardeal Kevin Joseph Farrell, nomeado pessoalmente por Francisco em 14 de fevereiro de 2019.
O carmelengo tem a delicada missão de administrar a Igreja Católica e o Estado do Vaticano durante o período conhecido como Sé Vacante — o intervalo entre o fim de um pontificado e a eleição de um novo papa. Sua responsabilidade começa com um gesto simbólico e solene: constatar oficialmente a morte do pontífice, procedimento que desencadeia uma série de ações protocolares. Cabe a ele lacrar os aposentos papais, organizar o funeral e supervisionar todo o processo do conclave, no qual os cardeais escolhem o novo papa.
Ao contrário de um papa interino, o carmelengo não exerce funções espirituais ou doutrinárias, mas atua como administrador e supervisor, assegurando uma transição ordenada do pontificado, sempre com o respaldo e o consenso do Colégio dos Cardeais.
Kevin Farrell nasceu em Dublin, na Irlanda, em 1947. Sua formação é vasta e internacional: estudou na Universidade de Salamanca, na Pontifícia Universidade Gregoriana, e também se especializou em filosofia e teologia na Universidade de São Tomás, todas instituições de renome na tradição eclesiástica.
Discreto, mas de importância estratégica, o carmelengo é uma peça-chave para a continuidade da estrutura da Igreja em tempos de incerteza. E, desde 2019, esse papel está nas mãos experientes do cardeal Kevin Joseph Farrell — um nome que pode ganhar ainda mais relevância em um futuro de transição no Vaticano.

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