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Terça-feira, 11 de Novembro de 2025

Anseios da Sociedade

Duas Gerações, Dois Mundos: Quando o Analógico Encontra o Digital

Em meio à revolução tecnológica, surge um desafio invisível: conciliar a sabedoria do passado com a velocidade do futuro.

Reporter Medeiros
Por Reporter Medeiros
Duas Gerações, Dois Mundos: Quando o Analógico Encontra o Digital
Imagem Ilustrativa / Internet
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Vivemos um tempo curioso, de contrastes que se cruzam a cada toque na tela ou ao girar de um dial antigo. De um lado, estão os que nasceram nos anos 50, 60, 70 e 80 – gerações forjadas no suor, na paciência e na engenhosidade, que desbravaram as maiores invenções da humanidade com lápis, papel e coragem. Do outro, os nativos digitais, que dominam a linguagem dos algoritmos, dos apps e da inteligência artificial como quem respira.

Nunca foi tão claro que habitamos duas realidades que se esbarram o tempo inteiro. Os mais velhos carregam a credibilidade, o comando, a experiência. São eles que ainda dirigem empresas, governos e, muitas vezes, as próprias famílias. Os mais novos, por sua vez, são donos do domínio técnico – sabem onde clicar, como programar, o que automatizar. Mas ainda lutam por espaço no quesito confiança, como se sua fluência tecnológica não bastasse para assumir as grandes decisões.

E é nesse choque de gerações que nasce o ruído. Muitos dos mais velhos não admitem aprender com os mais jovens. A tecnologia, para eles, ainda é um bicho estranho, mesmo que já faça parte de suas rotinas. Apenas uma pequena parcela dos “titios e tias” ousa mergulhar nesse novo universo e colher seus benefícios. Por outro lado, há jovens que não compreendem o valor de uma conversa olho no olho, de uma boa dose de paciência e da malandragem positiva de quem já viveu o suficiente para entender que nem tudo se resolve com um clique.

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Estamos em trânsito entre dois mundos que não podem mais viver separados. O carro elétrico não apaga o saber do velho mecânico. O chat de IA não substitui o conselho sábio do avô. E quando tudo for digital – e este dia está mais próximo do que pensamos – como vamos garantir que os valores humanos, a empatia, a ética e o bom senso resistam?

Talvez o caminho esteja na humildade dos mais velhos em aprender, e na sabedoria dos mais jovens em escutar. Porque o futuro é inevitável, mas ele será melhor se for compartilhado.

Fica a reflexão.

FONTE/CRÉDITOS: Por Marcos Medeiros
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