O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi oficialmente declarado “persona non grata” pelo governo de Israel após declarações em que comparou a situação dos palestinos na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus durante o Holocausto nazista. Em discurso, Lula afirmou: “O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus.”
A resposta israelense foi imediata. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu classificou a fala como “vergonhosa e grave”, acusando Lula de banalizar o Holocausto e de prejudicar o direito de Israel de se defender contra ataques do Hamas. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, convocou o embaixador brasileiro para dar explicações e declarou que Lula permanecerá como persona non grata até que se desculpe formalmente.
A crise ganhou novos contornos no último encontro do G7, onde Lula voltou a se posicionar de forma crítica a Israel, desta vez sem condenar a retaliação iraniana após ataques israelenses. O presidente brasileiro alertou para o risco de o Oriente Médio se tornar um campo de batalha global, mas evitou alinhar-se com o discurso do G7 que defende o direito de Israel à autodefesa.
As declarações de Lula e a reação diplomática de Israel acentuam o desgaste entre os dois países e evidenciam um novo capítulo tenso nas relações exteriores do Brasil.

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